sábado, 27 de novembro de 2010

Seminário do Ensino Médio Integrado

O Seminário de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional: princípios e pressupostos realizado de 16 a 18 de novembro, em Cuiabá, teve como foco promover um espaço de diálogo entre professores que atuam ou atuarão a partir de 2011 no Ensino Médio Integrado em escolas do Estado de Mato Grosso. Os palestrantes, em sua maioria, vindos do Pará contribuiram socializando experiências e teorias pertinentes.
O profº Dr. Ramon de Oliveira (UFPE) falou do que entende por Integração Profissional ao Ensino Médio e da "necessidade de formação de trabalhadores autônomos competentes para responder às necessidades econômicas". Destacou as fragilidades e falhas do discurso corrente - sobre a formação profissional - que não prioriza verdadeiramente o capital humano, sendo por muitas vezes, apenas uma resposta às necessidades econômicas. Analisa a Educação Profissional sob três aspectos principais nos últimos anos: a formação por competências (desenvolvimento de habilidades específicas, o fator empregabilidade (para jovens de baixa renda) e a formação a partir de demandas do mercado de trabalho (requer mão-de-obra especializada), ou seja, os investimentos da educação acabam subordinando-se ao processo econômico. Assim, a dicotomia formação geral X formação profissional é legitimada e amparada por políticas e programas de qualificação baseados na fragmentação do ensino público, que por conseguinte, criam outras dicotomias como trabalho precarizado(destinado à classe trabalhadora) X trabalho complexo (destinado às elites) e, por consequência destas, a fixação da classe trabalhadora num estágio considerado operacional X grupo elitizado buscando níveis de qualificação superiores e assim por diante. Destacou também os desafios para uma Educacão emancipatória, que leva em conta fatores como a situação social do grupo majoritário, concepções de educação profissional, desigualdades diversas e o financiamento público da educação enfatizando que a Educação Profissional deve ser um "projeto Social".
O profº Ronaldo Lima (UFPA), também palestrante, destacou o aspecto político no projeto frente a uma sociedade dual. Segundo ele, deve haver reflexão que permeie os três níveis: pedagógico, curricular e político, pois integrar significa assumir um compromisso que está muito além das modificações curriculares, significa promover a inclusão para além das paredes da escola. No âmbito pedagógico em consonância com essas ideias significa pensar as práticas que deem conta de atenuar os efeitos da histórica dualidade formação geral X formação profissional. Também refere-se ao ensino integrado como desafio a ser enfrentado coletivamente, mesmo tendo consciência de que esta sociedade, é constituída pelo princípio da fragmentação. De acordo com ele "reconhecer e enfrentar essa dualidade é assumir corajosamente um compromisso com o caminho mais difícil." Ressaltou também os problemas a serem superados como: equívocos sobre a noção de competências, dificuldades de diálogo, alavancamento do trabalho coletivo, superação da dualidade cultural (educação para ricos e educação para pobres) e desigualdades de diversas ordens.
A apresentação dos princípios norteadores da proposta, em todas as falas, deixa claro que se faz necessário mudanças nas práticas de ensino, hoje, centradas na valorização de habilidades instrumentais para outras que propiciem apropriação dos saberes culturais que tenham caráter realmente formativo e transformador da realidade sem descaracterizar o trabalho como referência de organização humana e social.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Falando em Educação!







Em Chapada dos Guimarães nos dias 19 e 20 de novembro participamos da II Jornada Interdisciplinar de Serra Acima. O encontro proporcionou a interação de professores de vários municípios mato-grossenses e ainda do exterior, como Nuno Coelho que expôs um interessante trabalho intitulado "Uma terra sem gente para gente sem terra" desenvolvido na Universidade de Coimbra, como o angolano profº Francisco Sandro da Silveira Vieira.



A oficina de literatura ministrada pela professora Andréa Albano Nunes, de Campo Verde, foi uma experiência marcante por mostrar que literatura e brincadeira podem juntas ampliar o universo de leitura das nossas crianças. Sem dúvida, ela está de parabéns porque mostrar práticas que dão certo é muito mais interessante do que estudar teorias e não encontrar formas de aplicá-las. Outra oficina interessante também foi Entre a História e a Literatura, na qual a profª Gabriella Lima de Assis, mestranda em História pela UFMT analisou o livro de Raquel de Queiroz comparando elementos literários e históricos presentes em sua composição. Os professores Claudius e Ronivon, tambem da Escola Wilson de Almeida também estiveram neste evento e participaram ativamente!!




sábado, 9 de outubro de 2010

NETCENTRISMO

Estamos vivendo uma nova era, obviamente!!!

Sabemos do Teocentrismo.
Do Antropocentrismo, que as vezes, achamos que pode ser antismo (de anta) mesmo!

Agora estamos na era do NETCENTRISMO.
Parece que internet é tudo!!!
Será???

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Currículo - MEC

Indagações sobre currículo*

O Ministério da Educação publicou em 2008, uma coleção contendo 05 cadernos chamados "Indagações sobre Currículo" com o intuito de promover um grande debate com os profissionais educadores acerca do que e de como se ensina nas escolas públicas brasileiras.
Na apresentação do 1º caderno "Currículo e desenvolvimento humano" feito pela SEB/MEC(Secretaria da Educação Básica/Ministério da Educação), define que estes trabalhos tem o objetivo de promover um debate sobre a concepção de currículo e seu processo de elaboração nas redes de ensino brasileiras. A intenção explicitada é a de que professores, gestores e demais profissionais da educação reflitam sobre a relação currículoXprática no cotidiano escolar.
O art. 26 da LDB9.394/96 é citado relembrando que, quanto à formação dos currículos - que devem ter base nacional comum - as redes de ensino tem autonomia para adequá-los à realidade da clientela atendida.
Percorrendo o texto somos induzidos a pensar sobre qual a concepção de currículo está presente no Projeto Político Pedagógico da minha escola? O que a escola oferece está em consonância, em diálogo com o cotidiano do sujeito que estuda nela? Como pensar nessa escola?
O texto é claro em enfatizar que "é preciso olhar de perto a escola, seus sujeitos, suas complexidades e rotinas", definindo claramente a QUEM se destina esta escola, PARA QUE ela serve, COMO ela funciona e O QUE representa para quem precisa dela.
Os envolvidos na construção dessas novas orientações curriculares são os representantes da UNDIME, CONSED, SEESP/MEC, SECAD/MEC, CONPED/MEC e REDE/MEC, que foram encarregados de formular as interrogações iniciais sobre currículo. Em seguida, esse trabalho foi levado ao Seminário "Currículo em Debate", em Brasília, 2006, para análise dos demais representantes da UNDIME, CONSED, CNE, CNTE, ANFOPE, ANPED, professores universitários e representantes de secretarias estaduais e municipais de Educação. Concluída esta etapa, a proposta foi repassada aos professores dos demais sistemas educacionais e escolas de todo o Brasil.
As reflexões tem como ponto central contribuir para pensar o currículo escolar como um meio de acolher um educando considerando seu desenvolvimento biopsicossocial, considerando seus interesses, de seus pais, suas necessidades, potencialidades, seus conhecimentos e sua cultura, ou seja, que o processo educativo não seja antagônico às práticas sociais dos indivíduos.
Na sua introdução o Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental revela que a essa altura das discussões sobre currículo existe um ponto comum: "a consciência de que os currículos não são conteúdos prontos a serem repassados aos alunos. São uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas". (p.9). Conclui-se, portanto, que se os currículos são orientados pelas práticas sociais, devem estar contextualizados a elas.
LIMA, Elvira Souza. Indagações sobre currículo: currículo e desenvolvimento humano. Brasília: Ministério da Educação, SEB, 2007.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Orientações Curriculares


O documento que trata das novas orientações curriculares do ensino das escolas públicas de Mato Grosso chegou ao conhecimento dos professores da Escola Wilson de Almeida, município de Nova Olímpia, no dia 09 de junho e desde então, professores e representantes da comunidade discutem e analisam as propostas por ele apresentadas. Os representantes de cada área do conhecimento apresentaram as noções básicas e os objetivos propostos aos pais dos alunos, que também foram convidados a dar suas contribuições.

Como currículo escolar entende-se que seja o documento no qual estão registradas as ações implementadas e desenvolvidas pelas escolas.

Esse estudo das Orientações Curriculares visa reestruturar ações que estejam mais voltadas para um ensino contextualizado nos níveis locais e globais e que possam contribuir com as práticas cotidianas dos educandos, ou seja, que seja um ensino produtivo do ponto de vista do mundo do trabalho. A intenção primordial é que os alunos saibam por que estão aprendendo e quais as finalidades e usos dos conhecimentos adquiridos.

O texto enviado às escolas foi produzido por especialistas de diferentes áreas de Conhecimento, professores da UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso e Unemat – Universidade Estadual de Mato Grosso, sob a coordenação da Profª Drª Acácia kuenzer e contém os princípios básicos que devem sustentar o ensino nas escolas estaduais de Mato Grosso.

O objetivo da Secretaria de Educação neste momento é, segundo o documento, “provocar o diálogo entre professor e escola acerca da prática docente, que contribua para a reflexão sobre quais conhecimentos os alunos precisam construir em cada uma das áreas”.

Os estudos e seminários tiveram a finalidade específica de analisar e contribuir com o documento nos níveis de: compreensão do texto, conteúdo do documento, as propostas de eixos articuladores, capacidade e conhecimentos, quanto à metodologia e o processo de avaliação e em termos gerais se o documento contempla as “identidades e culturas de Mato Grosso”. O novo modelo a ser construído é parte da gestão compartilhada da educação, modelo este que prioriza a formação da pessoa humana. Sua plataforma ideológica consiste em defender a idéia de que a “educação não pode ser ofertada de forma desigual em função da origem de classe dos alunos, desenvolvendo projetos que formem para o exercício de funções intelectuais ou operacionais, separando atividade intelectual de atividade prática.” De acordo com o documento a ideia é formar um cidadão que se reconheça na atual conjuntura econômica, política e social, e possa atuar nela.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Volta às aulas!!!!

Novo ano letivo!!!
Novos alunos, novos desafios, esperança que se renova...