quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TP1 - Denise: gestando dias melhores






Nos dias 04 e 05 de setembro, os professores de Língua Portuguesa estiveram reunidos para expor suas ideias e atividades referentes ao TP1 Linguagem e Cultura. As atividades mais comentadas referiram-se à intertextualidade e à variação linguística: dialetos.
A professora Maria de Lourdes da Escola Municipal "Elizeu Antônio de Lima", situada na Comunidade de Fátima no município de Denise/MT, realizou com seus alunos da 8a. (nono ano), uma sequência muito produtiva de estudos envolvendo as variações dialetais presentes na sua própria comunidade. Além do diálogo inicial sobre os dialetos e suas variações, propôs pesquisas de campo na qual os alunos registraram falares e seus significados de pessoas de todas as idades na própria comunidade, propôs em seguida pesquisa em dicionários para comparar os registros encontrados - momento este que proporcionou trocas importantes - pois, seus alunos são oriundos de diversas regiões do Brasil. Segundo a professora "cada pessoa aprende a sua língua em convívio com a família, amigos, os grupos sociais, enfim, pessoas que estão ao nosso redor e participam do nosso cotidiano." Mencionou ainda que seus alunos acharam interessante estudar algo tão comum para eles e se empenharam em aprofundar os conhecimentos a respeito dos dialetos. De acordo com a professora, ficou claro para eles que, as diferenças nas falas observadas entre as famílias, jovens, crianças e adultos, constituem os dialetos e que suas origens dependem de variados fatores como: idade, região, sexo, etc.
Alguns exemplos:
ônibus = busão = baleia = busú
mata fechada = brenha
carona = bigú
trabalho = eito = lida
confusão = buliço

Outra atividade marcante foi apresentada pela professora Keila Amarilha da Escola Municipal "Professora Neide de Oliveira Brito" e seus alunos do 6o. ano A que exploraram a intertextualidade. A forma como a professora apresentou a proposta e o conceito foi decisiva para o sucesso das produções realizadas. Uma delas é o texto "A cinderela" que estará disponível para apreciação de todos.

Os projetos estão em andamento e as expectativas são as melhores!!
Tenho certeza!

Formação continuada

Não tenho pensa.
Só tenho árvores ventos
passarinhos - issos.

Manoel de Barros

Tendo em vista as constantes dificuldades vivenciadas pelos profissionais educadores frente aos desafios de formar cidadãos, faz-se necessário a tomada de atitudes que venham atingir efetivamente o objetivo de melhorar o trabalho em sala de aula e, por conseguinte, a qualidade do ensino. A proposta do MEC, por exemplo, sugere que essa tomada de atitude seja vista tanto do ponto de vista individual, ou seja, de cada profissional educador, quanto do ponto de vista de todo o conjunto: da instituição que educa.
Alguns pontos das diretrizes pressupõem que, para integrar-se nelas, nas ofertas de formações continuadas, o educador deve estar disposto a: aceitá-las como uma "exigência profissional"; discutir "novas tendências" e "novas teorias"; tematizar práticas; trabalhar em equipe; fazer uso da leitura e da escrita, e gerenciar sua própria formação. Os profissionais educadores são bastante conscientes dessas necessidades, porém, nem sempre as condições são favoráveis para que aconteçam realmente. O principal vilão presente no discurso da maioria dos docentes é o tempo, já que a maioria das ações são pautadas no diálogo dos envolvidos. E em um ambiente onde a dinâmica de trabalho deve funcionar em conjunto seria imprescindível a discussão, a tematização e a socialização de ideias, teorias e práticas que caracterizariam uma formação baseada em atitudes formativas.
E a instituição que educa? Qual o seu papel enquanto ambiente formador? Deve-se lembrar sempre ela é composta por TODOS os profissionais que atuam no âmbito e espaço escolar. São avaliadas, cobradas, são questionadas. E até que ponto aceita tais cobranças e questionamentos?
Será que cada um que a compõe reflete sobre a dimensão dessas cobranças e questionamentos? Até que ponto cada componente toma para si a parcela de responsabilidade que lhe cabe?
Uma das diretrizes é clara: a formação continuada "deve integrar-se no dia-a-dia da escola", portanto, é lá o espaço do diálogo, das trocas e das aprendizagens. E na prática, como se configura essa integração de saberes e fazeres???
Enfim, perguntas... perguntas que cada um enquanto indivíduo e enquanto grupo, deve fazer a si mesmo...
Então me atrevo a fazê-las na esperança de que alguém, quiçá muitos, possa contribuir para melhorar o que tenho de bom, aumentar minha visão educacional ou para desfazer equívocos que possam ser cultivados.

TP1 Linguagem e cultura em Porto Estrela









Nos dias 28 e 29 de Agosto aconteceu a oficina e o atendimento individual com os professores de Língua Portuguesa de Porto Estrela/MT. As professoras participantes não escondem a vontade - e muito boa vontade, por sinal - em estarem atuantes em cada etapa do Gestar.

Um dos aspectos relevantes presentes nas discussões foi a importância do DIÁLOGO, não só o diálogo formal entre o professor e o aluno durante os encaminhamentos e atividades, e sim aquele utilizado como uma estratégia de trabalho.

O diálogo foi observado como um fator produtivo, pois, discutir, debater leva à tomada de decisão e consequentemente contribui para ampliar o senso crítico dos alunos. Todas realizaram excelentes trabalhos, como veremos, a seguir no vídeo e fotos enviados.