A mídia com sua grande cara polidimensional é uma rainha louca. Sua maquiagem multicor encandeia os sentidos e perverte a mente. É uma grande cafetina vendedora de sonhos.
É como uma árvore frondosa com profundas raízes espalhadas produzindo a carnavalização do ser e a humanização das coisas.
Se dissemina pela terra - lugar em que o lucro e a fama provém do bem exposto, às vezes, o próprio corpo e suas misérias - onde a inteligência tem valor oculto e a falta dela torna-se criadora de vínculos, de moda; onde se vendem por milionárias cifras por informações inúteis, provedoras tão somente de paupérrimos egos; onde não importa o que se tem a dizer desde que seja breve e não precise ser aprendido; onde um download pode custar uma vida; onde as letras são prostituídas pela própria língua e os sentidos são ocos; onde a imagem preenche o vazio do olho do cego.