Os encontros com os colegas professores de Denise, Barra do Bugres e Porto Estrela são sempre muito proveitosos e enriquecedores. Sempre atenciosos, solícitos e receptíveis, eles se empenham para que o encontro seja realmente produtivo, apesar dos percalços. Sobre as atividades com o TP3, relembrando que muitos ainda não realizaram em razão da demora na entrega, com aqueles que já realizaram, elegemos alguns pontos a serem refletidos em nossas práticas. Um ponto negativo apontado refere-se ao pouco tempo empreendido para o estudo com os gêneros e tipos textuais. Em menos de um mês, não é possível realizar grandes reflexões em virtude da quantidade das atividades propostas para estudo e também pela carga de trabalho que a maioria dos colegas são levados a abarcar. Outro ponto a ser refletido é o de que muitos professores, alguns até recém-formados, não trabalharam durante suas formações com uma abordagem tão aberta ou tão direcionada ao estudo dos Gêneros e Tipos Textuais, e por essa razão, necessitariam de maior tempo de contato para assimilar melhor a proposta e acima de tudo, entender seus objetivos. Em alguns casos, observamos que os objetivos foram atingidos parcialmente influenciados por fatores de diversas ordens como: tempo hábil para aplicação, nível de maturidade de alunos, dificuldades com materiais de pesquisa, etc. Um aspecto relevante observado, foi a dificuldade em tornar a ação prática um processo, pois, cada escola em suas especificidades, já estando em andamento, deve readequar-se para implementar a nova proposta e, na prática, requer mudança em planejamentos, além de depender da compreensão e colaboração de outros membros da escola para a realização das atividades práticas. Falando dessa questão, foi mencionado também a dificuldade de diálogo interdisciplinar. Os colegas não aceitam, em muitos casos, que haja "ajuda" para duas disciplinas, enquanto outras ficam "relegadas" a segundo plano, conforme relatos de alguns. Outras questões específicas foram abordadas: dificuldades na prática da produção escrita, em alguns casos a prática oral - como na atividade em que se exige "recontar" ou "expor idéias". Também a questão disciplinar, entendida como uma dificuldade que grande parte dos alunos tem em seguir orientações em direção a um objetivo. Discutindo percebemos que, muitas vezes, falhamos porque não explicitamos as etapas de trabalho ou até mesmo os objetivos que norteiam nosso trabalho em sala. Concluímos que podemos melhorar adotando a postura de explicitá-los sempre que iniciarmos uma sequência didática. Os professores trabalharam no "Avançando na prática" com textos publicitários, textos biográficos, fábulas, jogos com o tipo descritivo, análise de textos instrucionais e explorando oralidade e escrita conforme algumas propostas do TP3. Socializamos também uma proposta de sequência didática explorando gêneros literários e não literários utilizando os textos da seção I da unidade 10, com o objetivo de estabelecer diferenças entre os gêneros levando os alunos a produzirem textos, poético e informativo. As idéias são de que podemos realizar trabalhos de produção e pesquisa que levem os alunos a explorar atividades industriais da própria cidade e transformar em texto, visitando, entrevistando trabalhadores, registrando a localização da indústria e o alcance da sua produção, entre tantos outros aspectos. Esse percurso possibilitará a tomada de consciência de que ele próprio, o aluno, pode ser agente do conhecimento. Enfim, conversando, refletindo essa e outras idéias, nós professores reafirmamos nosso compromisso e nossa capacidade de modificar nossas práticas e modificar também nosso futuro na educação. E seguimos gestando aulas melhores! Professora Eliene.
Gostei de sua reflexão, também concordo contigo quanto ao trabalho de pesquisas com os alunos, assim seria mais fácil na escolha de um curso especifico, visando o seu futuro profissional.
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