segunda-feira, 27 de abril de 2009

Memorial de leitura

Desde muito pequena tive contato direto com a leitura. Minha mãe, que estudou até o quarto ano do ensino fundamental sempre me estimulou. Ela sempre lia alguma coisa e gostava de escrever, principalmente cartas. As pessoas da vizinhança pediam a ela que escrevesse correspondências para eles porque muitos nem eram alfabetizados. Assim, eu também manipulava papel e caneta desde cedo. Aos seis anos minha mãe já me ensinava a ler as famílias silábicas e aos sete anos e já escrevia cartas, pois estava no início da primeira série. A essa altura já lia tudo: receitas de remédios, gibis, poesias, literatura de cordel para meu pai à noite e tudo que me pedissem. E eu adorava que pedissem! Mas nem tudo são flores! Minha família se mudava constantemente em razão de trabalho e a cada parada eu torcia para que fosse a última. Foram muitas escolas e professores, também muitas lágrimas pelos caminhos, porém mesmo tardiamente, eu consegui a graduação em Universidade pública. Ah! Não posso esquecer do sonho que sempre foi ser PROFESSORA! Hoje, na segunda pós-graduação, vivendo o sonho, às vezes pinta a desesperança. Felizmente, logo ela é superada durante mais um planejamento de aula que reacende aquela luzinha que lá no fundo da alma, recupera o seu brilho! E assim sigo em frente...

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